D. Weslian passa pela prova de fogo do debate

DEBATE – Candidata enfrenta adversários, defende Roriz e garante: “Quem vai mandar sou eu”

“Nosso governo vai ser do bem. Tenho certeza de que você vai ficar feliz porque Weslian vai fazer a diferença. E quem vai mandar no governo sou eu. Agora, é lógico, que o meu marido, com a experiência que tem de tantos anos, vai me orientar. E tenha certeza: você vai ficar feliz com o Governo Weslian”. Foi assim, de forma simples, sincera, franca e amável que a candidata a governadora Weslian Roriz (PSC 20) enfrentou seus adversários ao Governo do Distrito Federal no debate da TV Globo, encerrado na madrugada desta quarta-feira (29).


O primeiro debate sem a presença do ex-governador Joaquim Roriz, substituído por Dona Weslian, foi marcado pela troca de agressões entre os candidatos Agnelo Queiroz (PT), Toninho (PSOL) e Eduardo Brandão (PV). Nos debates anteriores, eles descarregavam suas agressividades no ex-governador. Na TV Globo, eles respeitaram Dona Weslian, porém, indiretamente atacaram Roriz, desrespeitando a ausência dele. Mas durante quase todo o debate, eles trocaram acusações.


CANDIDATOS CONDENAM ALIANÇA


Agnelo foi o mais bombardeado. Ele gastou muito tempo tentando explicar e justificar a Toninho do PSOL a coligação do PT com o PMDB e com o PTB, partidos que eram da base aliada do Governo Arruda e que reúnem candidatos envolvidos no escândalo “Caixa de Pandora”. “É para o bem de Brasília”, simplificou Agnelo, aprovando a aliança com candidatos que respondem processo na Justiça por corrupção.

Eduardo Brandão desafiou Agnelo a assumir o compromisso de, caso eleito, não destinar cargos aos aliados dos petistas envolvidos em corrupção no Governo Arruda. O candidato do PT preferiu declarar que aceoita o apoio e o voto do ex-governador José Roberto Arruda, que em entrevista ao jornal “Correio Braziliense” declarou que não votaria em Roriz.


D. WESLIAN: “SOU A FAVOR DA VIDA”


Dona Weslian preferiu evitar a troca de farpas dos adversários, mas não deixou de dar uma estocada em Agnelo. Ela o questionou pelo fato dele ter pertencido ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), agremiação cujos filiados não acreditam em Deus, e de agora pertencer ao PT, partido que defende o aborto. “Eu sou a favor da vida”, enfatizou Dona Weslian, desconcertando o petista. O candidato depois renegaria a defesa que o PT faz do aborto.

A candidata chegou a ser provocada diretamente, mas reagiu com segurança ao ser questionada por Brandão como agirá caso venha a ocorrer denúncias de corrupção em seu governo. “No meu governo não vai ter irregularidade, não vai ter corrupção”, respondeu com firmeza. “Sou séria. Fui criada com honestidade na minha casa, na minha família. Tudo que for de corrupção eu não vou aceitar”.

Don Weslian afirmou ainda que, eleita, “vai começar um novo governo, uma situação nova em Brasília. Nós haveremos de fazer um governo sem nenhuma mácula. Nosso governo vai ser de muita transparência”, garantiu. Disse também que nem ela nem o marido dela podem ser responsabilizados pela conduta de ex-auxiliares de Roriz. Ao defender o marido, argumentou que Roriz confiou nos auxiliares que escolheu. “O nosso modo de pensar é que você é honesto. Se aconteceu de a pessoa ter sido desonesta, nós não temos culpa disso”, defendeu.

Demonstrando que seguirá o Plano de Governo da Coligação Esperança Renovada, Dona Wesley, em alguns momentos do debate, preferiu recorrer à leitura de algumas propostas contidas no mesmo programa do então candidato Joaquim Roriz. Com a leitura, pode melhor defender políticas públicas modernas para solucionar os problemas de saúde, segurança e transporte.

Ao final do debate, Dona Weslian criticou os que agora tentam impedi-la de ser candidata e tranqüilizou seus eleitores, dizendo que não há nada que a impeça de ser substituir Roriz e de continuar na disputa ao governo do DF.