quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eleição para a CLDF é a mais concorrida do país


São mais de 800 candidatos para apenas 24 vagas. Até deputados e suplentes afastados por denúncias do mensalão do DEM apostam no esquecimento da população.

A concorrência para as 24 cadeiras da Câmara Legislativa do Distrito Federal é maior que a de muitos vestibulares - mais de 35 candidatos por vaga. São 832 candidatos, 187 a mais que na eleição de 2006. Em outras unidades da federação, a cadeira não é tão concorrida. No Rio de Janeiro, são 25 por vaga; em São Paulo, pouco mais de 15; em Minas, 13 e em Sergipe, 5,7 por vaga.


Mas por que tanto interesse em ser um deputado distrital aqui em Brasília? Além do poder, do status do mandato e do fórum privilegiado, há outras razões para a cobiça. O salário de R$ 12.400, o 14º salário no fim do ano e mais uma bela ajuda de custo para manter o gabinete são grandes atrativos.


Para contratar assessores, o parlamentar conta com R$ 99 mil reais, mais R$ 11 mil de verba indenizatória para despesas fora da Câmara. Além de R$ 10 mil para correio. O custo de cada distrital aos cofres públicos é de mais de R$ 15 milhões por ano - o mais alto do país, segundo dados da ONG Transparência Brasil.


Isso sem contar o ambiente de trabalho. O novo prédio, onde os gabinetes têm 90 metros quadrados, começa a funcionar em agosto. A obra custou R$ 106 milhões, quase três vezes o custo inicial.


O cientista político Octaciano Nogueira tem mais uma explicação para a grande procura: o escândalo político que derrubou o ex-governador Jose Roberto Arruda deu esperança aos candidatos de primeira campanha


“Eles estão esperando, nós todos estamos esperando, que esse escândalo tenha servido de vacina para o eleitor, para selecionar mais criteriosamente, para não reeleger quem está nesse escândalo”, afirma o especialista.


Entre os citados nas denúncias do suposto mensalão de Brasília, muitos tentam voltar ao poder por meio das urnas. Quatro deputados, dois suplentes, e um ex-secretário de Arruda são candidatos.


“Existe chance de haver uma renovação muito grande . É até possível admitir que deva ser a maior do Brasil , se é que os eleitores de Brasília aprenderam a lição”, fala Octaciano.


DFTV

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