Consciência eleitoral entre os LGBTs
Nesta ano, a Parada do Orgulho LGBTS de Brasília terá um gostinho a mais: a consciência eleitoral. O movimento por si só já é merecedor de aplausos, quando leva às ruas um verdadeiro pedido de atenção à causa. Porém, em ano eleitoral, o tema escolhido pela militância, “Pela Igualdade, a força do nosso voto”, mostra que o segmento tomou corpo e mostra seu poder.
Essa é a 13ª edição do evento que vai exibir a união das cores em todo o Eixo de Brasília. A politização do tema da parada mostra o quanto a militância LGBTS de Brasília tomou forma, se conscientizou, e tem ganhando o respeito da sociedade. Uma luta pelos direitos humanos, muito mais que qualquer outra bandeira. Um pedido justo. Uma luta que sequer deveria ter inimigos. Um respeito à Constituição e ao ser humano.
De forma bastante inteligente, porém, os responsáveis pela Parada decidiram mostrar sua força. Afinal, são mais de 200 mil eleitores gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e simpatizantes em todo o Distrito Federal, que exibem o poder de seu voto – com números decisivos em uma eleição. A ideia é incentivar as pessoas a escolherem candidatos que sejam contra a homofobia e que defendam o público LGBT de alguma forma.
Se ainda não é possível viver em uma sociedade que traga em sua essência a ideia formada de que a discriminação é um crime contra a própria condição humana, nós, cidadãos, devemos estar juntos e apoiar a causa. Que sim, precisa de bandeiras e paradas, mas que necessita, mais ainda, de uma reflexão social e da construção de um pensamento único: de respeito ao próximo.
Como candidata que pensa em poder fazer algo pela população do DF por meio da política, reafirmo meu compromisso de lutar por uma sociedade mais justa, onde todos tenhamos direitos iguais. Nem mais. Nem menos. E que essa sopa de letrinhas, L de lésbicas, G de gays, B de bissexuais, T de transgêneros, S de simpatizantes, H de heterossexuais, e assim por diante, se transforme em uma fórmula matemática e simples: L+G+B+T+S+H=I. I de iguais!
Liliane Roriz
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