
O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CODEPLAN aponta pelo menos cinco filiados do PMDB-DF envolvidos no escândalo de superfaturamento na empresa. Com mais de 2000 páginas, o petista e relator deputado distrital Paulo Tadeu gerou uma guerra dentro do PMDB-DF. Começa o plano de Agnelo Queiroz para mudar o vice Tadeu Filipelli, depois de conseguir o horário gratuito do partido fundamental para sua campanha a governador do DF. O plano está sendo maquinado por Agnelo há mais de um ano.
Agnelo tinha em mente outro vice. Mas o Palácio do Planalto colocou Filipelli goela abaixo. Agora, o relatório de Paulo Tadeu incrimina Benício Tavares, Fábio Simão e outros do PMDB, provocando a ira e o vazamento de informações bombásticas capazes de deteriorar a candidatura do vice Tadeu Filipelli.
Fábio Simão apontado como operador no esquema de José Roberto Arruda guarda segredos de Filipelli capazes de comprometer até a quinta geração do peemedebista. Arruda, nos bastidores, alimentou um esquema poderoso, com equipamento de escutas telefônicas clandestinas (malas israelenses e câmeras secretas) que comprometeram várias pessoas ainda no poder e não reveladas.
Fábio Simão e Benicio convocaram uma reunião do PMDB nesta sexta-feira , 27 de agosto, onde enquadraram Filipelli com ameaças ao pé do ouvido.
O aparato clandestino, montado por Arruda para silenciar Durval Barbosa, responsável pela denúncia que levou a prisão do ex-governador , começa a gerar frutos. Só, que o feitiço pode se voltar contra o feiticeiro. O grupo do presidente do PMDB-DF, Tadeu Filipelli era Fábio Simão, Benício e outros envolvidos na Caixa de Pandora. Filipelli ameaçou expulsar atual governador do DF Rogério Rosso ,que se bandeou para o lado de Joaquim Roriz. Mas Filipelli não conseguiu, porque a conversas ao pé do ouvido aconteceram na surdina.
Agnelo então se aproxima de seu objetivo. Num eventual desgaste de Filipelli, a substituição do vice será inevitável. Quando ministro do Esporte e Turismo do Governo Lula, Agnelo manteve estreitas relações com o comando do jogo clandestino no Brasil, através do presidente da Associação Brasileiras dos Bingos (Abrabin), Olavo Sales da Silveira. Alguns empresários podem ser candidatos à vaga de vice, caso FIlipeli renuncie. Este discurso deve ser usado por Agnelo para se igualar a estratégia de Lula quando escolheu um empresário de renome, José de Alencar, para alavancar a candidatura à Presidência. O argumento de Agnelo é que os políticos estão em baixa por causa dos escândalos e é necessário renovar.
A reunião desta sexta-feira no PMDB, sob o comando de Fábio Simão, pelo visto teve resultado. Filipelli entrou mudo e saiu calado. Mas não ficou surdo ou fez ouvido de mercador. Ouviu o recado. Agnelo, por sua vez, não pode esconder sua estreita relação com o famoso Fábio Simão.
Quid Novi
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