quarta-feira, 23 de junho de 2010

ROSSO DECIDE APOIAR RORIZ



Em princípio, nos bastidores - como faz atualmente. Depois, publicamente. É assim que o governador Rogério Rosso (PMDB) decidiu manifestar seu apoio à candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao Palácio do Buriti. Ele fortalece, assim, a polarização entre Roriz e Agnelo Queiroz, candidato do PT. A estratégia foi traçada no sábado 19, quando o PMDB confirmou a aliança com os petistas, com o deputado federal Tadeu Filippeli, presidente regional do PMDB, sepultando as aspirações de Rosso de disputar a reeleição. Consequentemente, o governador perdeu o pouco espaço que lhe restava no partido.

Rosso e o senador Gim Argello (PTB) aparecem hoje como os grandes derrotados em conseqüência dessa coligação. Os dois apostavam numa terceira via (não necessariamente para assegurar um segundo palanque para Dilma Rousseff, como preconizavam) e agora se apresentam como órfãos dessa contenda.

Órfãos, e momentaneamente excluídos da disputa pelo Palácio do Buriti, Rosso e Gim optaram por buscar novos rumos. Gim tem mais quatro anos no Senado. Já Rosso, precisa de um aliado que assegure sua sobrevivência até 2014.

Coerente com sua ideologia, Rosso decidiu buscar um novo abrigo político. Ele fez ver a seus confidentes que se filiará ao PSC, apoiando publicamente a volta de Roriz ao governo, com a vantagem de ter a máquina administrativa na mão. Entretanto, a saída do PMDB e ingresso no PSC só se dará após o julgamento do pedido de intervenção no Distrfito Federal. O governador tem seus motivos para pensar assim.

A decisão de Rosso foi comunicada durante reuniões reservadas com Maria de Lourdes Abadia (PSDB), Alberto Fraga (DEM) e Augusto Carvalho (PPS). O próprio Gim participou de alguns desses encontros. Fraga, porém, não deu sinais de que entrará na aliança, pois o Democratas pretende alçá-lo à condição de candidato independente. Já o PPS garante que não há clima para se aliar a Roriz. Mas Rosso vai insistir em novas conversas com o ex-secretário de Tranportes e com Augusto Carvalho. Ele pretende formar uma grande frente ao lado de Roriz, pelas mãos de quem ingressou na vida pública, para derrotar o PT e, claro, “dar o troco” em Tadeu Filippelli, seu maior desafeto dentro do PMDB, ovacionado por uma ala peemedebista como vice na chapa de Agnelo.


Notibras

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