quinta-feira, 17 de junho de 2010

Rogério Rosso deve inscrever nome e disputar Buriti


O governador Rogério Rosso deve inscrever nesta quinta-feira seu nome (com uma respectiva chapa) para disputar as eleições de outubro pelo PMDB. O prazo fatal se esgota antes do meio-dia. A convenção do partido será no sábado. Rosso e seu grupo resistem à aliança com o PT, patrocinada pelo presidente regional do partido Tadeu Filippelli, que quer ser vice de Agnelo Queiroz (PT).

Rosso e Filippelli estiveram reunidos nas últimas horas e não chegaram a um consenso. Ao não ceder durante as conversas com Filippelli, o governador-tampão dá sinais de que está disposto a seguir com a intenção de concorrer à reeleição.


Na última reunião, na noite desta quarta-feira, Filippelli gastou todos os argumentos para convencer Rosso a desistir da investida. Mas saiu do encontro sem avanços, situação que deixa o comando do PT no DF em estado de alerta. Na última semana, os petistas mergulharam de cabeça no projeto de aliança com o PMDB. O candidato ao governo Agnelo Queiroz (PT) anunciou publicamente a composição com Filippelli, que será o vice na chapa liderada pela esquerda. Neste sábado, também ocorre a convenção do Partido dos Trabalhadores.


A resistência de Rosso, no entanto, desestabilizou a estratégia de poder dos dois partidos. Ele considera que, na condição de governador eleito, tem estofo de protagonista para opinar nas negociações. Tem defendido publicamente que o PMDB deve lançar seu próprio candidato. E chegou a dizer que Filippelli seria um bom nome. Mas ao insistir na chapa própria, ele acaba na verdade trabalhando em prol de sua reeleição, embora tenha afirmado no período da eleição indireta que não concorreria à disputa de outubro. Publicamente, Rosso nega que seja ele mesmo o candidato. E alega que seu discurso é partidário e não em causa própria.


Se Rosso resolver ir adiante com a opinião de candidatura própria, o desfecho para o impasse no PMDB ocorrerá no sábado, quando os convencionais serão chamados a votar. Pelas contas do grupo ligado a Filippelli, há chances de confirmar a união com o PT por meio da aprovação da maioria dos convencionais. Mas essa vantagem não está sendo dada como certa. Parte das pessoas que votam no sábado não concorda em se submeter ao projeto petista. No DF, PT e PMDB nunca trabalharam do mesmo lado.


Notibras

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