
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já dá como favas contadas a intervenção no Distrito Federal, que ele propôs no auge da crise deflagrada com a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O julgamento do processo está marcado para o dia 30, no encerramento das atrividades do Supremo Tribunal Federal antes do recesso do Judiciário.
O ministro Cezar Peluso, presidente do STF, é o relator do processo. A expectativa é de que o assunto seja apreciado pelo plenário na última sessão antes do recesso. Uma decisão favorável, como acredita Gurgel, significará interferência direta na gestão do atual governador Rogério Rosso (PMDB), eleito há dois meses pelos deputados distritais, e também uma forte ingerência de autoridades da União na pauta de votações da Câmara Legislativa.
Na eventualidade de ser aprovada a intervenção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá nomear um interventor para o lugar de Rosso. Na sessão de quarta-feira, Peluso, considerado um dos ministros mais técnicos e conservadores da Corte, apresentará um relatório e voto. Se nenhum ministro pedir vista, o assunto será resolvido com o voto de maioria do plenário.
Antecessor de Peluso na presidência do STF, o ministro Gilmar Mendes, que esteve na relatoria do processo até abril, chegou a declarar que há uma “metástase institucional” no DF.
Notibras
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