segunda-feira, 21 de junho de 2010

Roriz continua na disputa



O cenário político no Distrito Federal se encontra em plena efervescência no período pré-eleitoral. A largada para as convenções partidárias teve início neste fim de semana e a grande incógnita foi definida: PT e PMDB seguem juntos, derrubando a estratégia do governador Rogério Rosso (PMDB) em tentar a reeleição. Além disso, a decisão da Justiça de implementar o projeto Ficha Limpa já para estas eleições poderia ameaçar a candidatura do favorito das pesquisas de opinião até o momento, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC). Mas para o advogado de Roriz, a lei não o atinge e “Roriz será o próximo governador”.

A lei prevê que candidatos condenados por decisão colegiada, ou que renunciarem para escapar da cassação, antes ou depois da publicação da lei do Ficha Limpa (que aconteceu no dia 7 de junho), não poderão se candidatar a cargos nas eleições de outubro. Teoricamente, Roriz se enquadraria neste caso, não fosse uma tese – que é sustentada pela equipe de campanha do ex-governador: que não havia processo aberto contra Roriz na época de sua renúncia.

Segundo o assessor de comunicação de Joaquim Roriz, Paulo Fona, a candidatura está mantida. “Manteremos a candidatura. Na resolução, as consultas que foram feitas não dizem respeito claramente àqueles que renunciaram ao mandato. Existe um 'tempo de verbo' que isenta a questão do ex-governador e refere-se àqueles que renunciarem, e não aqueles que renunciaram ao mandato. Além disso, existem amparos na lei que garantem a postulação. Juridicamente, a questão da anualidade da proposição diz que a determinação deveria ter sido aprovada há um ano antes do dia das eleições”, declarou. Outro aspecto colocado pelo assessor é quanto a temporalidade da ação da medida. Para Fona, esta “lei não pode retroagir para punir e sim para beneficiar aqueles que ela ampara”.

O ex-governador Joaquim Roriz (PSC) não sinaliza para uma fuga temendo o futuro político. Nos bastidores, a especulação de que a deputada distrital Jaqueline Roriz (PMN) ou Liliane Roriz poderiam ocupar o lugar do pai na postulação majoritária pela coligação como um possível “Plano B”, é desmentida pela assessoria de Roriz.


Livio Di Araujo

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