segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Intervenção branca na campanha tucana


As cúpulas do PSDB e DEM preparam, a partir de hoje, uma “intervenção branca” na campanha do tucano José Serra, para iniciar a corrida do segundo turno com novo fôlego. Deverão ter maior peso nas negociações dentro do PSDB o recém-eleito senador Aécio Neves, o governador reeleito de Minas, Antonio Anastasia, e o governador eleito do Paraná, Beto Richa.

A avaliação é que a oposição não pode cometer os mesmos erros de 2006: quando o tucano Geraldo Alckmin perdeu votos e saiu menor do que entrou na segunda fase da campanha. Uma reunião de emergência para hoje já foi acertada entre os presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e do DEM, Rodrigo Maia (RJ), com líderes e dirigentes dos dois partidos.

A estratégia será fixada em dois eixos: adotar um discurso capaz de captar os votos dados à candidata do PV à Presidência, Marina Silva; e considerar o presidente Lula o grande derrotado da eleição, já que cantava a vitória de Dilma.


Para ampliar as chances de Serra no segundo turno, Aécio defende um freio de arrumação na campanha tucana. A principal queixa sobre os erros do primeiro turno é que Serra fez uma campanha isolada, sem ouvir os dirigentes partidários e aliados, e ainda seu principal conselheiro foi o marqueteiro Luiz Gonzalez, que está longe de ser um dos nomes mais populares entre os tucanos.

A ordem será adotar um discurso que seja capaz de captar os votos de Marina, evitando que eles voltem para Dilma.

— O segundo turno é outra eleição. É um outro ajuste. Será de outra natureza. E os votos da Marina tem muito conteúdo — disse Sérgio Guerra.

— Vamos nos desdobrar, de maneira muito enfática, junto com o governador de São Paulo e de outros estados — adiantou Anastasia.

— Com segundo turno, é outra eleição e, como tal, tem que ser discutida internamente.

Mas é fundamental começar a trabalhar amanhã (hoje) — resumiu Rodrigo Maia.




Carlos Honorato

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