segunda-feira, 17 de maio de 2010

Eurides parte para o contra-ataque


A deputada distrital Eurides Brito (PMDB) resolveu mudar a estratégia de defesa. No depoimento que prestou na manhã desta segunda-feira (17) à Comissão de Ética da Câmara Legislativa, Brito colocou sob suspeição a imparcialidade da distrital Érika Kokay (PT), relatora do processo que corre contra a peemedebista na Casa. Eurides questionou ainda a oitiva secreta do ex-secretário Durval Barbosa no processo por quebra de decoro parlamentar da peemedebista.

“Eu tinha todo o interesse em ouvi-lo, questioná-lo e confrontá-lo, mas não tive oportunidade. Tive meu direito de ampla defesa cerceado, o que contamina todo o processo”, afirmou. A deputada argumentou que a sessão secreta contraria artigos do Regimento Interno da Casa, que garantem serem públicas as reuniões de todas as comissões. "A relatora induziu os membros da comissão ao erro e acabaram por deliberar sobre validade do depoimento e isso constitui abuso de prerrogativa, inclusive quebra de decoro parlamentar", disse.

Para a deputada Érika Kokay, a mudança de estratégia já era esperada. "Ela (a deputada Eurides Brito) tenta desqualificar o depoimento de Durval Barbosa e isso é natural. Mas quando o relatório estiver pronto, todos saberão ponto a ponto como conseguimos chegar ao resultado", afirmou.

Ainda no depoimento, Eurides voltou a afirmar que os R$ 30 mil recebidos de Durval Barbosa foi ressarcimento pago a mando de Roriz pela realização de eventos de campanha de 2006. "Não adianta querer achar que vou cair em contradição. Quem diz a verdade jamais cai em contradição", afirmou a deputada, que foi afastada do mandato na última sexta-feira por determinação da Justiça. Érika Kokay tem até o próximo dia 27 de maio para apresentar o relatório. Se a Comissão de Ética emitir parecer pela cassação de Eurides, o processo segue para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça antes se ser votado pelo plenário da Câmara Legislativa.


Sombra

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